Casos de coqueluche passam de 300 em MS somente em 2025, alerta organização

3/ 06/25
Tosse seca é um dos principais sintomas da coqueluche. Foto: Highwaystarz-Photography / Getty Images
Coqueluche
Por: Redação Veja Folha / CG News |  MS
A Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) divulgou boletins epidemiológicos com alerta para o aumento nos casos de coqueluche e febre amarela na região do continente americano em 2025.  No Brasil, Mato Grosso do Sul figura como maior número registrado este ano, 318, incluindo a morte de um bebê de quase dois meses de idade.
Hoje, no total, a região das Américas registra 43.751 casos de coqueluche em 2024, o maior número desde 2019, puxado pelos Estados Unidos (10.062).
No Brasil, foram notificados 1.634 casos confirmados, incluindo cinco óbitos, em 2025, sendo que MS e outros dois estados figuram com maiores altas: São Paulo (274) e Rio Grande do Sul (234). O número é o segundo maior dos últimos nove anos, ficando atrás somente dos registros de 2024.
Segundo publicação da Folha de S. Paulo, o grupo etário mais afetado é a de crianças menores de um ano (452) representando 27,7%, seguido pelo grupo de 1 a 4 anos (416) representando 25,5%. Os surtos identificados não incluem populações especiais, mas foram notificados, em 2025, um surto em uma creche e cinco surtos em domicílios.
Conforme a Opas, o aumento nos casos se deu pela queda no número de vacinas DTP1 e DTP3 durante os anos de pandemia de Covid. Em 2021, a região das Américas atingiu seu nível mais baixo em duas décadas, com coberturas de 87% para DTP1 e 81% para DTP3.
A doença, também conhecida como “tosse comprida”, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetélla Pertussis. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
O médico pediatra infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca outras características da coqueluche.
“A coqueluche é uma doença infecciosa de altíssima transmissibilidade. Tem como características acometer a população de uma maneira geral, de tempos em tempos, fruto da imunidade que não persiste após a infecção natural”, disse. No Brasil, é aplicada a vacina dTPa (difteria, tétano e coqueluche).
Em fevereiro deste ano, MS registrou a morte de criança de 1 mês e 29 dias em Campo Grande pela doença. A criança passou por diversos atendimentos médicos antes de evoluir para o óbito devido a complicações respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia. Após exames, o diagnóstico foi confirmado no dia 21 pelo Lacen (Laboratório Central). O órgão também informa que, devido à idade, a criança não havia recebido as vacinas necessárias para a imunização.
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