Vídeo: Instituto já alertava há quatro anos sobre risco de alimentar onças na região onde caseiro foi atacado

23/ 04/25
Onça-pintada foi flagrada por integrantes do IHP. Foto: Reprodução
Instituto Homem Pantaneiro Onça
Por: Redação Veja Folha |  MS
O ataque de uma onça-pintada a um caseiro no pesqueiro Touro Morto, no Pantanal, reacendeu o alerta sobre os riscos da alimentação artificial de animais silvestres na região. O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) já havia registrado e advertido sobre o problema há quatro anos, quando uma onça foi filmada próxima a embarcações no rio Aquidauana, em julho de 2020.
Nas imagens, o animal aparece à beira do rio, demonstrando proximidade incomum com humanos. Na ocasião, o IHP destacou os perigos da ceva – prática ilegal de alimentar animais selvagens para facilitar sua visualização. “Isso altera o comportamento natural do animal, que passa a associar pessoas a comida, aumentando o risco de conflitos”, explicou o instituto.
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A onça filmada em 2020 ganhou notoriedade, atraindo turistas e pescadores, mas especialistas alertaram que a dependência de alimento humano poderia levar a situações perigosas. “A ceva é crime ambiental. A Polícia Militar Ambiental atua para coibir essas ações, que colocam em risco tanto os animais quanto as comunidades ribeirinhas”, reforçou o IHP.
A lei proíbe a alimentação de animais silvestres, pois interfere no equilíbrio ecológico e aumenta o risco de ataques. Multas e penalidades podem ser aplicadas a quem for flagrado incentivando a prática.
Autoridades ambientais alertam que a prática de ceva contribuí para a perda de medo do animal em relação aos humanos. Biólogos reforçam que onças-pintadas, quando em seu habitat natural, evitam contato com pessoas, mas a oferta de alimento pode desencadear comportamentos agressivos.
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Morte de caseiro reacende debate
O caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi morto por uma onça nesta semana no pesqueiro. Na terça-feira (22) uma onça atacou a equipe que fazia o resgate do corpo do caseiro, em uma área de mata a cerca de 300 metros do local onde ocorreu o ataque.
Entre a noite de terça-feira e madrugada de quarta (23) a onça teria voltado ao pesqueiro, danificado uma tela de uma casa, possivelmente a procura de comida.
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