São Gabriel do Oeste é um dos 10 municípios de MS com alta taxa de problemas relacionados ao consumo de crack
12/ 01/23
Por: Redação Veja Folha | MS
Análise do Observatório do Crack – elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) -, mostram que Mato Grosso do Sul tem 90,91% de seus municípios sofrendo com problemas relacionados ao consumo de crack, dentre eles 10 são considerados com alto nível.
Diante desse cenário forma-se um “quebra-cabeças social”, já que diversas áreas são afetadas em regiões com a presença de usuários de crack.
Em Mato Grosso do Sul, a Confederação mede que o crack afeta o Estado nas seguintes áreas, com suas respectivas porcentagens:
Saúde |
78.79% |
Assistência Social |
75.76% |
Educação |
72.73% |
Segurança |
66.67% |
No chamado “Mapa do Crack”, dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, apenas Bodoquena, Rochedo e Jaraguari encontram-se classificados como “sem problemas”.
Informações sobre os municípios vindas do Observatório do Crack foram usadas, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, para a elaboração do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad), que valerá pelo período de 2022 até 2027.
Esse documento traz ações para o combate ao tráfico de drogas no País, além de medidas para cuidar dos usuários focando em reinserir esse indivíduo na sociedade e proporcionar um tratamento humanizado.
Como bem esclarece a cartilha do Coselho Federal de Medicina (CFM), o produto final do crack é comercializado em formato de pedra, queimada em cachimbos improvisados, que podem ser feitos de latas vazias de alumínio; tubos de PVC.
Em versões menores, as pedras podem ser enroladas junto de cigarros feitos com tabaco ou até maconha, sendo comumento chamada pelos usuários de “piticos” ou “mesclado”.
Para chegar nesse produto final, a cocaína é misturada ao bicarbonato de sódio, ou amônia, e água. A fumaça chega ao pulmão, entrando na corrente sanguínea e produzindo diversos efeitos no cérebro, principalmente a dependência.
Entre os danos dessa droga estão listadas desde doenças pulmonares, alguns transtornos psiquiátricos, como psicose, paranóia, alucinações e até doenças cardíacas.
Dos efeitos no usuário, a violência com que a droga atinge o sistema neurológico destaca-se. É isso o responsável pelas alterações de humor e problemas cognitivos.
Baseado em dados do Ministério da Saúde, a “Cartilha do Crack” comenta que, em território nacional, estima-se que há mais de 2 milhões de usuários.
Em cima desse problema, a Universidade Federal de São Paulo realizou estudo, em que conclui que apenas um terço desses usuários encontra uma cura.
Um segundo terço ainda mantém o uso do droga, enquanto a última parte acaba morrendo, sendo 85% vítimas de casos de violência ligados ao consumo e ao tráfico.
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