Por: Redação Veja Folha | MS
O salário mínimo de 2026 deve ficar em R$ 1.621, conforme cálculo baseado no INPC acumulado em 12 meses, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. O índice, que registrou alta de 4,18%, serve como base para o reajuste anual e aponta quanto o valor pode subir já em janeiro. Se confirmado, o novo mínimo representará aumento de R$ 103 sobre os atuais R$ 1.518, uma correção total de 6,79%.
Além da reposição inflacionária, a regra atual também determina ganho real vinculado ao crescimento do PIB de dois anos antes — neste caso, 2024, revisado pelo IBGE para expansão de 3,4%. Contudo, o arcabouço fiscal limita esse ganho real a um intervalo entre 0,6% e 2,5%, o que restringe o reajuste final ao patamar estimado de R$ 1.621.
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O valor projetado é menor que o previsto pelo governo no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, aprovado pelo Congresso, que trabalhava com salário mínimo de R$ 1.627. A diferença deve obrigar a equipe econômica a revisar cálculos e expectativas de gastos obrigatórios.
O impacto é significativo porque o mínimo é referência para benefícios como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, além de influenciar despesas previdenciárias. Cada aumento acima do previsto amplia a pressão sobre o orçamento federal.
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Enquanto o salário mínimo é corrigido pelo INPC acumulado até novembro, outros benefícios, como seguro-desemprego, teto do INSS e aposentadorias acima de um salário mínimo, são reajustados com base no INPC fechado de dezembro.
Paralelamente, o IBGE também divulgou o IPCA de novembro, considerado a inflação oficial, que fechou em 0,18%, acumulando 4,46% em 12 meses. O INPC, por sua vez, reflete o custo de vida de famílias com renda de até cinco salários mínimos, com peso maior para itens essenciais, como alimentos e transporte.
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