Rapaz alega que matou ex a facadas após discussão sobre a criação dos filhos

Durante a confissão sobre o assassinato de Rebeca França Antônio, de 20 anos, Rafael Rocha de Moraes, 21, contou que a motivação do crime foi por uma briga por conta da criação dos filhos do casal.  O caso ocorreu na última quarta-feira, 07 de setembro, em São Gabriel do Oeste e o homem se entregou no mesmo dia às autoridades.

Segundo o Delegado Fábio Magalhães, responsável pelo caso, Rebeca tinha um processo por abandono de incapaz e a guarda dos dois filhos do casal estava com a avó materna. A vítima e o autor ficaram juntos por cerca de 4 anos e estavam separados há 30 dias.

Na delegacia, Rafael contou que passou a noite de terça-feira (6) bebendo e fazendo uso de cocaína em uma tabacaria, onde a vítima estava.

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Ainda conforme relato, na manhã de quarta (7), ele passou a receber mensagens de Rebeca e os dois passaram a discutir. Rafael disse que foi ofendido e desafiado pela jovem a ir à casa dela dizer pessoalmente as ofensas. Ele, então, foi até a residência e começaram a discutir novamente.

No local, o autor desferiu duas facadas na vítima que foi atingida no peito e perto da axila. Ele então fugiu, mas se entregou à polícia acompanhado de um advogado horas depois do crime.

Rebeca chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o hospital da cidade e, por conta da gravidade dos ferimentos, seria transferida para Campo Grande, mas acabou não resistindo e morreu.

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De acordo com o Midiamax, para sustentar o pedido de prisão provisória o Ministério Público Estadual, descreveu o rapaz como sendo de ‘personalidade agressiva que abala a tranquilidade social’.

Segundo o MP, “A segregação provisória do flagrado se faz necessária para impedir que ele interfira na investigação dos fatos e na colheita de provas. Se ele ameaçou uma das testemunhas e intimidou as demais – como se depreende dos respectivos relatos – é evidente que sua soltura tem potencial para prejudicar a persecução penal, de modo que sua segregação provisória se faz necessária para a conveniência da instrução penal”. relatou o ministério ao pedir a manutenção da prisão de Rafael.

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Nos autos ainda consta o relato de uma testemunha que afirmou ter ouvido gritos, e ao sair flagrou Rafael segurando Rebeca pelos cabelos e com uma faca nas mãos. Ele teria dito à testemunha, “não se meta nisso”. Ainda segundo a testemunha, Rafael continuou xingando a vítima, “pensa que estou brincando, fica tirando onda com a minha cara”.

A prisão preventiva foi decretada nessa quinta-feira (8) pela juíza de direito Samantha Ferreira.

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