

O maior salário para professor no Brasil é pago pelo Governo de Mato Grosso do Sul. A remuneração inicial na Rede Estadual de Ensino é de R$ 8.381,63 para professor graduado com carga de 40h/aula. Nessa mesma faixa, o professor com habilitação superior, sem nenhum adicional ou gratificação, pode atingir salário de R$ 12.237,18 na evolução da carreira e atingir vencimento de 17.132,05 no topo com a soma dos adicionais por tempo de serviço.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado, contra os números não há argumento, Mato Grosso do Sul tem a melhor política de valorização salarial para os professores. A posição de liderança do Estado no ranking nacional de remuneração do professor foi confirmada pelo Instituto Península, em estudo comparativo encaminhado às secretarias Estaduais de Educação. O levantamento ainda será divulgado publicamente, mas os números correspondem à tabela salarial disponibilizada no site da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems).
Na tabela salarial do magistério 40h/aula da Rede Estadual de Ensino já está incluído o aumento linear de 10% concedido pelo Governo do Estado. Ela traz o vencimento inicial e a remuneração com os adicionais agregados por tempo de serviço (evolução na carreira) para professores com habilitação Magistério, Superior, Pós-Graduação e Mestrado. O professor com Mestrado, em início de carreira e carga de 40h/aula, recebe salário de R$ 9.219,00, que dobra de valor ao final da carreira.
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Para a secretária de Educação do Estado, Cecilia Motta, no conjunto da política de valorização dos trabalhadores em educação, o ajuste/atualização salarial no quadro de carreira de professor é a principal conquista da categoria. “Este salário é uma conquista dos professores, em que o Governo do Estado reconhece a importância e valoriza o servidor, sem desmerecer outros profissionais”, mas para resgatar e fortalecer a educação como atividade essencial, “é fundamental uma remuneração justa, digna”.
O que se espera agora, é uma resposta dos indicadores sociais diante do esforço coletivo, para que a valorização dos profissionais em Educação resulte em qualidade de ensino e o Estado possa alcançar índices satisfatórios de desenvolvimento. Mato Grosso do Sul avançou nas avaliações do IDEB, mas pode melhorar as taxas.
Cecilia Motta considera fato notável o nível de remuneração ao professor em Mato Grosso do Sul e lembra que o Governo do Estado também tem priorizado investimentos na rede física. “O governador Reinaldo Azambuja busca resultados, daí a importância de estabelecermos uma meta capaz de assegurar ensino de qualidade e condições para o desenvolvimento dos processos de aprendizagem e formação técnica, para que nossas crianças e jovens sejam preparados para uma nova fase, da inovação tecnológica, pois esse é um processo que tem que ser seguido pari-passo, por ser um trabalho de formação e conquista de oportunidades. Não poderia haver começo melhor como a valorização salarial. Agora somos exemplo para os demais estados, com bons salários e planos de carreira. Houve um esforço para se chegar a este valor, porque o governador Reinaldo Azambuja tem o entendimento que a profissão é importante para o desenvolvimento do Estado e dos cidadãos”.
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Evolução salarial
O salário dos professores efetivos com graduação (licenciatura plena) segue em evolução desde 2015, quando a remuneração inicial (40 horas) era de R$ 3.994,20. Depois subiu para R$ 5.007,54 em 2016, saltando para R$ 5.154,75 em 2017, chegando a R$ 6.079,17 (2018). Nos anos seguintes continuou subindo para R$ 6.445,47 (2019), R$7.446,26 (2020), depois 7.619,66 (2021) e neste ano R$ 8.381,63.
A secretária de Educação lembrou que em outubro tem novo reajuste e o salário vai chegar a R$ 10.318,00. “Desta forma, do que já está previsto para carga de 40h/aula, vamos chegar a 90% do piso salarial para 20h”.
Valorização dos profissionais
A professora Ana Andréa Dalloul, 46 anos, há 22 lecionando na Escola Lúcia Martins Coelho, reconhece que houve uma evolução salarial nos últimos anos. “Em comparação a outros estados, estamos à frente na valorização do professor”, diz, lembrando que o Estado avança também na estruturação da rede física, além da reformulação da grade curricular, ampliando as escolas de tempo integral. “Recomendo e sou a favor de ampliar (escola integral), já que o estudante tem acesso a 24 disciplinas, com preparação ao mercado de trabalho e até formação, incentivando o empreendedorismo”.
Gracielle Mendonça, 40 anos, há quatro como professora em escola da Rede Estadual de Ensino, não esconde a satisfação. “Sou de Pernambuco e posso dizer que aqui as condições de trabalho do professor são bem melhores, assim como estrutura e salário. Mato Grosso do Sul paga muito bem e o profissional é valorizado”.
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Professores convocados
As melhorias salariais também chegaram aos professores convocados. Neste ano o governador Reinaldo Azambuja concedeu 34% de reajuste, com o salário podendo chegar a R$ 6 mil aos profissionais com mestrado/doutorado, em carga horária de 40 horas semanais. O impacto na folha foi de R$ 100 milhões ao ano.
“É muito importante o diálogo, que nunca cessou. Tivemos momentos difíceis, mas não deixamos de conversar. É uma valorização importante, merecida. Estamos dando reajuste enquanto 70% dos estados não conseguem pagar o piso”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
Além do aumento, os professores temporários passaram a ter contrato de trabalho de 12 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, assim como direito assegurado de férias, gratificação natalina e outros direitos garantidos. No período noturno há adicional de 10%.
Melhores condições
Além da valorização do profissional, o Governo do Estado também qualificou a infraestrutura e criou programas para melhorar o aprendizado. Foram R$ 350 milhões de investimento de 2015 a 2021 nas escolas estaduais e a expectativa é alocar mais R$ 150 milhões para intervenções na rede física até o fim do ano.
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