MPMS deflagra segunda fase da Operação Snow e cumpre mandados em Mato Grosso do Sul e São Paulo

15/ 01/25
Viaturas policiais em frente a residência onde estava sendo cumprido mandado. Foto: Divulgação / MPMS
Viaturas Gaeco
Por: Redação Veja Folha |  MS
 O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou nesta quarta-feira (15), a segunda fase da Operação “Snow”. A ação teve como objetivo o cumprimento de 9 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga, em São Paulo.
As investigações, que tiveram início na primeira fase da operação, realizada em 26 de março de 2024, avançaram com a análise de materiais apreendidos, como telefones celulares. Esses novos desdobramentos revelaram a participação de pelo menos 17 pessoas, incluindo advogados e um policial civil, na organização criminosa alvo da operação.
De acordo com o GAECO, o líder da organização monitorava ações de segurança pública por meio de servidores públicos corrompidos, com a intermediação de advogados. Esses advogados não se limitavam à prestação de serviços jurídicos, mas também atuavam em práticas ilícitas, como corrupção de agentes públicos, obtenção de informações privilegiadas e monitoramento de cargas de drogas. Eles desempenhavam, ainda, o papel de conselheiros em questões estratégicas do grupo.
A organização criminosa, descrita como extremamente violenta, recorria a sequestros e execuções, inclusive de membros do próprio grupo, para resolver disputas, especialmente relacionadas a perdas de cargas de drogas.
As investigações também apontaram que o escoamento da droga, predominantemente cocaína, era feito por meio de empresas de transporte, incluindo terceirizadas dos Correios. Durante as operações, mais de duas toneladas de cocaína ligadas ao grupo foram apreendidas.
Nesta etapa da operação, o GAECO contou com o apoio operacional do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências.
As autoridades seguem aprofundando as investigações para desarticular por completo a estrutura da organização criminosa e responsabilizar todos os envolvidos.
No data was found
Please select listing to show.
No data was found