Idosa inventa sequestro de amiga por vergonha de assumir para a família que caiu em golpe

29/ 06/23
Divulgação: Polícia Civil
Garras PC
Por: Redação Veja Folha / Correio do Estado  |  MS
Desde o fim da tarde de terça-feira (27), a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS), investiga um suposto caso de sequestro denunciado por uma idosa em Campo Grande.
As investigações apontaram que, na verdade, a senhora foi vítima de estelionato, e não de roubo majorado, crime caracterizado pela subtração de um bem de outra pessoa mediante grave ameaça ou violação, utilizando uma arma.
Segundo o delegado Fábio Peró, do Garras, a idosa, uma mulher de 65 anos, procurou pela Delegacia Especializada a fim de noticiar que havia sido vítima de roubo. Segundo a vítima, o crime teria acontecido enquanto ela encontrava uma amiga. Na história inicial narrada pela idosa, no caminho para o encontro um motorista de aplicativo teria anunciado um roubo e sequestrado sua amiga.
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Para que a mulher fosse solta, ela teria que transferir para o assaltante a quantia de R$ 52 mil, o que foi feito pela idosa.
Aos policiais, a mulher revelou que a abordagem do motorista foi feita em um semáforo no centro da cidade, e que o homem pediu a bolsa que ela carregava, encontrou um extrato bancário e a fez ir até uma agência da Caixa Econômica Federal para que ela fizesse a transação bancária.
Segundo a vítima, assim que a transferência foi realizada, o homem a deixou em um local próximo de sua casa, na região da igreja Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena.
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No entanto, durante as investigações, a Polícia Civil descobriu a farsa e confrontou a idosa com base nas provas colhidas. Com os questionamentos, a mulher acabou confessando que havia caído no golpe do bilhete premiado, e que havia inventado o roubo porque estava com vergonha de contar a verdade para os familiares.
A história verdadeira
Conforme o delegado, o que de fato aconteceu foi que a idosa encontrou uma mulher na rua, que disse que era uma amiga, chamada Maria. A mulher perguntou se ela não se lembrava dela, então a idosa questionou se ela era a “Maria de Bandeirantes” e a estelionatária afirmou que sim.
“Maria” disse que tinha ganhado na loteria, mas que para resgatar o prêmio de R$ 17 milhões ela teria que pagar uma quantia em dinheiro.
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A vítima então contou para “Maria” que tinha cerca de R$ 50 mil no banco, então, a estelionatária sugeriu que fossem juntas para uma agência, para que a idosa fizesse a transferência do valor, e prometeu que assim que ela conseguisse resgatar o prêmio pagaria o dobro do emprestado pela vítima, ou seja, R$ 100 mil.
Para o golpe, a estelionatária também contou com um parceiro, que fingiu ser motorista de aplicativo para levar as duas ao banco. Depois que o valor foi transferido, o motorista ainda levou a vítima para um local próximo de sua casa.
Com os esclarecimentos, o caso foi registrado como estelionato.
A polícia informou que o veículo já foi identificado, e que as investigações continuam para que os autores possam ser localizados.
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