Grupo preso em Bandeirantes é acusado de ameaçar vítimas para cobrar dívidas

31/ 07/24
Viaturas e policiais na manhã desta quarta-feira em Bandeirantes. Foto: PCMS
Garras Bandeirantes
Por: Redação Veja Folha / CG News |  MS
Principal alvo de operação da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos a Banco e Sequestro), o pré-candidato a prefeitura de Bandeirantes Mauro Augusto Senturião Dutra, o Maurinho Dutra (Agir) e os outros três homens presos, usavam de ameaças, intimidação e até sequestro para cobrar dívidas. O grupo é investigado por extorsão e a ação aconteceu na manhã desta quarta-feira (31), na cidade a 70 quilômetros de Campo Grande.
Durante coletiva de imprensa na tarde de hoje, o delegado Roberto Guimarães explicou que no grupo passou a ser investigado após um sequestro no final do mês de maio. Na ocasião, a vítima foi levada para levada de sua casa para um outro local e ameaçada pelo grupo a quem devia dinheiro.
“O caso foi comunicado para a Garras e nós começamos a investigar. Identificamos se tratar de uma associação criminosa que está atuando há aproximadamente 2 anos na cidade e eles emprestam dinheiro para as vítimas com juros exorbitantes e depois, como as pessoas não conseguiam pagar, eles as intimidavam no meio da rua, iam em suas casas e as ameaçavam”, disse o delegado da especializada.
Em um dos casos, três dos quatro, pularam o muro da casa da vítima em plena luz do dia e passaram a ameaçá-la. “Aconteceu por volta das 11h da manhã. Isso mostra que não estavam preocupados e agiam como pessoas que jamais seriam investigadas”, pontuou Roberto.
Todos os presos tem passagens criminais por porte ilegal de arma de fogo, furto qualificado e homicídio. Eles têm 23, 31, 37 e 49 anos e foram alvos de mandado de prisão temporária. Além de busca e apreensão. De acordo com Roberto, o principal alvo era Maurinho, apontado como mandante.
A investigação agora continua para saber se existe ligação com alguma facção criminosa e de onde vem o dinheiro que é usado para os empréstimos. Na ação foram apreendidos mais de meio milhão de reais em dinheiro, cheques pré-datados e notas promissórias. Há relatos de vítimas também nas cidades de Jaraguari e Coxim.
“Existe agora toda a prova pericial do material que foi recolhido e daqui pra frente vamos dar continuidade nas investigações. Esse foi apenas o primeiro passo da operação, ou seja, a primeira fase. Por hora, temos uma vítima que veio prestar depoimento. Ela pegou em torno de R$ 90 mil em empréstimo. Também encontramos um caderno com nome de aproximadamente 60 devedores e tudo era cobrado com juros de 20 a 30%”, contou o delegado.
Roberto também explicou que apesar de intimidar as vítimas, o grupo não agia com violência física. No entanto, chegavam a reter bens das pessoas, inclusive, um veículo pego pelo grupo foi encontrado em Campo Grande. Na casa do homem de 37 anos, que não teve o nome divulgado, foi apreendida uma pistola 9 milímetros com registro, mas o documento ainda será periciado.
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