

Por: Redação Veja Folha | MS
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira (14) que o governo pretende ampliar a faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda de Pessoas Físicas) dos atuais R$ 2.824 para R$ 3.036 por mês. A medida busca manter a isenção para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, cujo valor foi reajustado para R$ 1.518 no início deste ano, com pagamentos a partir de fevereiro.
A proposta exige alterações no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2025, que ainda não foi votado pelo Congresso. Haddad destacou que o impacto fiscal da ampliação da faixa de isenção ainda será divulgado, mas assegurou que a perda de arrecadação será compensada. “Tudo que nós fazemos tem compensação”, afirmou, sem detalhar quais serão as fontes de financiamento para a medida.
De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a equipe econômica a avançar com o aumento da faixa de isenção do IRPF. Segundo Haddad, o governo está comprometido em ajustar o orçamento às legislações recentes antes de implementar a mudança.
“Prioridade agora é ajustar o Orçamento à legislação que foi aprovada no final do ano passado e, na sequência, nós vamos tomar providências para isso. Deve ter uma atualização para 2 salários mínimos. Nós estamos considerando essa possibilidade para manter o ritmo de incremento, de mudança da faixa de isenção”, disse o ministro.
A tabela do Imposto de Renda não é corrigida desde 2015, o que tem ampliado o número de contribuintes obrigados a pagar o imposto. Atualmente, o tributo é descontado diretamente na folha de pagamento e ajustado anualmente por meio da declaração de ajuste.
Além da proposta para 2025, o governo estuda formas de cumprir a promessa de campanha de isentar rendas de até R$ 5 mil a partir de 2026. De acordo com a equipe econômica, cerca de 28 milhões de brasileiros seriam beneficiados caso a faixa fosse ampliada para esse valor.
A expansão da isenção para até R$ 5 mil deve gerar uma perda de arrecadação de R$ 35 bilhões por ano. Para financiar o benefício, o governo estuda taxar trabalhadores que recebem mais de R$ 50 mil mensais (R$ 600 mil por ano), um grupo que representa menos de 1% da população economicamente ativa.
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