Família de São Gabriel do Oeste tem bebê com anomalia rara e criança precisa de transferência para tratamento

7/ 06/23
Alice nascem com má formação e precisa de cuidados intensivos. Foto: Reprodução
Criança SGO
Por: Redação Veja Folha |  MS
Reportagem do site A Onça, detalha o drama de uma família de São Gabriel do Oeste na luta pela vida da filha. Alice nasceu há apenas 15 dias, mas uma má formação torna cada minuto de vida uma luta contra o tempo. Ela está internada na UTI Neonatal da Santa Casa de Campo Grande e precisa ser transferida para tratamento fora do estado, já que se trata de uma condição extremamente rara.
A mãe Grazieli Aparecida Reis, de 30 anos, e o pai Ricardo Conte Neto, de 27 anos, buscam na justiça o atendimento que a bebê precisa para sobreviver. Essa é a primeira filha do casal, que é de São Gabriel do Oeste e estão na Capital desde o nascimento da menina.
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Mesmo com uma liminar judicial dada desde sábado (3), que determina o transporte aéreo e custeio do tratamento, Alice continua à espera da transferência, que segundo a decisão judicial deveria acontecer em até 12 horas.
“Nossa filha já está sofrendo muito, ela nasceu com a bexiga exposta e extrusão completa de órgãos do trato urinário, intestinal e genital. Ou seja, minha filha tem o ânus e a vagina ‘interligado’. Está usando bolsa de colostomia, mas sente muita dor. A bexiga dela que nasceu pra fora, está cada dia mais machucada por conta dos curativos que colocam em cima e o hospital não sabe mais como agir porque eles nunca atenderam um caso desses”, conta a mãe Grazieli que está pedindo ajuda para o caso da filha.
O juiz Marcelo Andrades Campos Silva, concedeu a tutela de urgência determinando que o Estado transfira para quaisquer “Hospitais Públicos da capital ou de fora deste Estado que disponha de serviço de referência em urologia pediátrica, para a realização de avaliação da urologia pediátrica, incluindo CTI ou UTI (se for o caso) ou, na impossibilidade desta, seja deferida sua transferência para Unidade Hospitalar da Rede Particular, ficando responsável pelo custeio de todas as despesas médico-hospitalares, incluindo o transporte de UTI Aérea se for o caso, no prazo de 12 (doze) horas, sob pena de bloqueio de numerário para transferência para a rede privada”. A decisão, no entanto, não foi cumprida.
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Transferência e negativas
“Desde a gestação sabíamos que ela tinha a má formação, então viemos para inicialmente receber atendimento, fazer o parto no Hospital Universitário. Devido a uma orientação médica fomos para a Santa Casa onde foi feito o parto e a Alice desde então luta pela vida”, conta a mãe lembrando que a filha já teve a transferência negada para o HU onde, talvez, haveria esse suporto para urologia infantil. “No entanto, já sabemos que lá não seria o caso dela que é bem raro”.
De acordo com o documento enviado pela Santa Casa de Campo Grande, que a reportagem teve acesso “esse tipo de doença exige equipe multidisciplinar experiente e capacitada para realização do procedimento reconstrutivo, além de estrutura do centro cirúrgico com materiais especiais em urologia infantil. Atualmente a Santa Casa não conta com a especialidade de urologia infantil.” diz trecho do documento.
Grazieli tem na divulgação do caso a esperança que a filha seja transferida. “Eu já não sei mais o que fazer. “Ontem (6) foi mais uma negativa, dessa vez do Hospital Pequeno Príncipe que é referência no assunto, porém se negaram e pediram mais detalhes do caso da minha filha que já está bem detalhado e explicado”, desabafa reiterando que faz o que for preciso para que a filha seja salva.
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Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública do Estado, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O mesmo aconteceu com a Secretaria Estadual de Saúde. Caso sejam enviadas repostas, a matéria será atualizada.
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