Em depoimento, assassino diz que sentia ódio da filha desde quando ela tinha 2 meses
28/ 05/25


Por: Redação Veja Folha / CG News | MS
Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DHPP), João Augusto Borges de Almeida, 21 anos, confessou ter estrangulado a companheira, Vanessa Eugênia Medeiros, e a filha do casal, Sophie Eugênia Borges, de 10 meses, na noite de segunda-feira (26), no Indubrasil, em Campo Grande. Após o crime, ele transportou os corpos para uma área de mata e ateou fogo com gasolina.
Relacionamento conturbado e ódio pela filha
João afirmou que conheceu Vanessa em um aplicativo de relacionamento e, após um mês de conversa, passaram a morar juntos. A gravidez foi inicialmente aceita por ele, mas, dois meses após o nascimento da bebê, o acusado disse ter desenvolvido “ódio” pela filha.
O acusado relatou que o relacionamento era marcado por brigas constantes e que Vanessa ameaçava se separar, levando a criança e fazendo com que Sophie o odiasse. Ele alegou ainda que a companheira exigiria pensão alimentícia.
O crime
No dia do assassinato, João afirmou que “perdeu o controle” após uma discussão porque esqueceu de comprar leite e cotonetes para a bebê. Ele estrangulou Vanessa no quarto do casal enquanto Sophie brincava na cama. Em seguida, matou a filha.
“Matei ela no momento de raiva. Eu estava consciente, mas não controlava meu corpo. Nem deu tempo dela chorar. Esganei ela”, relata sobre a bebê.
Após o crime, ele colocou os corpos no banheiro, foi trabalhar e, mais tarde ao retornar para a casa, comprou 13 litros de gasolina.
“Era umas 19h20. Passei comprei 13 litros de gasolina e fui para casa. Coloquei os corpos no porta-malas. Primeiro Sophie, depois a Vanessa que ficou como se estivesse abraçando a pequena. Eu só queria ir para um lugar distante para me livrar dos corpos. Cheguei lá, tirei a Vanessa. Carreguei ela no colo por uns 5 metros, depois peguei a bebê e coloquei deitada no peito dela”, relata
Tentativa de forjar desaparecimento
No dia seguinte, João foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento, alegando que Vanessa havia saído com amigas e não retornou. Ele planejava culpar outra pessoa, mas os corpos foram encontrados antes.
“Ia dizer que outra pessoa tinha matado ela. Não achei que iam achar os corpos tão rápido”, admitiu.
Sobre ter cometido o crime sozinho, João afirmou que um colega de trabalho chegou a oferecer ajuda. No entanto, na hora não respondeu as mensagens e nem atendeu as ligações. O rapaz foi até a região onde o adolescente mora, mas depois decidiu cometer o crime sozinho mesmo.
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