Criança de três anos era amarrado e agredido com pedaço de cano em cidade de MS

5/ 03/25
Criança no colo da mãe com sinais evidentes de desnutrição. Foto: A Princesinha News
Criança Anastácio
Por: Redação Veja Folha |  MS
Uma criança de 3 anos foi internada no hospital de Anastácio na segunda-feira (3) com sinais de desnutrição, desidratação e lesões pelo corpo, indicando maus-tratos. Segundo relatos, o menino era amarrado e apanhava com um cano quando pedia comida. O caso foi descoberto após a mãe levar a criança à unidade de saúde por volta das 20 horas.
Ao examinar o menino, a equipe médica identificou lesões na cabeça, no queixo, nos braços e em toda a região do abdome, além do estado grave de desnutrição e desidratação. Diante da gravidade da situação, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram acionados.
A mãe da criança alegou que estava em uma fazenda e havia deixado o filho sob os cuidados da avó paterna. A PM foi até a residência da avó, que negou as agressões, afirmando que a mãe era a responsável pelos maus-tratos.
Durante os depoimentos na delegacia, a avó relatou que a nora e o neto moravam com ela há cerca de cinco meses e que ela presenciou a mãe batendo na criança, mas não interferiu por considerar que se tratava de “educação”. Ela também afirmou que já havia orientado a mãe a levar o menino ao médico.
Já a mãe mudou sua versão na delegacia, acusando a irmã, tia da criança, de cometer as agressões. Segundo ela, a tia usava um cadarço para amarrar o menino e um cano de água para bater nele sempre que ele pedia comida. A tia, por sua vez, negou as acusações e culpou a mãe.
Vizinhos da família relataram que houve mais de 14 denúncias ao Conselho Tutelar sobre a situação da criança. “Quando elas suspeitavam que o Conselho vinha, trancavam a casa. Essa criança chorava o dia todo”, disse uma vizinha, que preferiu não se identificar, ao portal A Princesinha News.
Devido à gravidade do estado de saúde, o menino foi transferido para um hospital na Capital. A Polícia Civil registrou a ocorrência e continua investigando o caso para apurar as responsabilidades pelos maus-tratos. O Conselho Tutelar acompanha a situação.
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