Condenado a 17 anos de prisão homem que matou trans por briga relacionada ao jogo do 'Tigrinho'

Por: Redação Veja Folha |  MS

Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani, de 31 anos, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Maria Eduarda, mulher trans de 34 anos, morta a facadas após uma discussão motivada por dívida envolvendo o jogo conhecido como “Tigrinho”. O crime ocorreu em agosto de 2023, no bairro Jardim das Meninas, em Campo Grande.

A sentença foi proferida no final da manhã desta quarta-feira (8), ao término do julgamento realizado pelo Tribunal do Júri da Capital, presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos. Além da pena de prisão, o réu foi condenado ao pagamento de indenização mínima de R$ 10 mil aos familiares da vítima e não poderá recorrer em liberdade.

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Durante o interrogatório, Douglas Mikael negou o crime. Ele afirmou que, no dia dos fatos, havia sofrido um acidente, estava com dores e que a discussão com a esposa teria ocorrido porque queria ir até a casa de Maria Eduarda para usar drogas, o que a companheira recusou. Segundo o réu, ele deixou o local e só soube da morte horas depois.

A versão foi contestada pelo Ministério Público e pelas provas reunidas pela Polícia Civil. A investigação apontou que o homicídio foi motivado por uma dívida de R$ 200 relacionada ao jogo do “Tigrinho”. Douglas teria jogado utilizando a conta e o cartão de crédito de Maria Eduarda, ganhando R$ 800. A vítima repassou R$ 600, mas o acusado acreditou que ela não pagaria o restante e, inconformado, a atacou com golpes de faca.

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Testemunhas relataram ter visto o homem com a arma nas mãos ao entrar e sair da casa da vítima. A faca usada no crime foi encontrada no dia seguinte por crianças que brincavam na rua. Pouco antes de ser morta, Maria Eduarda chegou a enviar um áudio à irmã, dizendo que temia ser morta por causa da dívida.