Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília e levado a sede da Polícia Federal

22/11/2025 10:23
Ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Imagem: |Arquivo / Sérgio Lima /AFP
Bolsonaro
Por: Redação Veja Folha / G1  |  MS
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), em sua casa, em Brasília, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A Polícia Federal cumpriu a ordem por volta das 6h e levou Bolsonaro para a sede da PF, onde ele permanecerá até a audiência marcada para este domingo (23).
A prisão, sem prazo determinado, foi solicitada pela própria PF e teve concordância da Procuradoria-Geral da República.
Na decisão, Moraes afirmou haver indícios de que Bolsonaro planejava uma fuga, apontando a violação de sua tornozeleira eletrônica por volta de meia-noite deste sábado e a realização de uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto.
O ministro entendeu que o ato poderia dificultar a fiscalização das medidas impostas e comprometer a segurança da ação policial.
Bolsonaro está em regime domiciliar por descumprir medidas cautelares em investigações em andamento e, em setembro, foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A prisão preventiva decretada hoje, porém, não está ligada a essa condenação, que ainda aguarda julgamento de recursos. Somente após o trânsito em julgado, Moraes poderá determinar a execução daquela pena.
A defesa do ex-presidente criticou a decisão e afirmou que a medida causa perplexidade e coloca em risco sua saúde. Já o PL, partido de Bolsonaro, classificou a prisão como desnecessária. A Primeira Turma do STF analisará a ordem na segunda-feira (24).
Moraes destacou ainda que o condomínio onde Bolsonaro mora está a poucos minutos do Setor de Embaixadas Sul, área considerada de acesso estratégico para quem tenta buscar proteção diplomática.
Em sua decisão, o ministro recordou episódios anteriores, como a permanência de Bolsonaro por duas noites na Embaixada da Hungria, em fevereiro de 2024, e informações de investigações que apontam que ele chegou a considerar entrar na Embaixada da Argentina para pedir asilo.
O ministro citou também casos de aliados do ex-presidente, como os deputados Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, que deixaram o país durante investigações, reforçando, segundo ele, o risco de fuga.
Após ser detido, Bolsonaro chegou à sede da PF às 6h35 e foi posteriormente transferido para a Superintendência da corporação no Distrito Federal, onde está em uma Sala de Estado, espaço reservado para autoridades com prerrogativa de proteção.
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