Adolescente de São Gabriel é o primeiro caso de transplante renal sem hemodiálise em MS

31/ 01/22
Jovem
A Santa Casa de Campo Grande realizou em dezembro do ano passado o primeiro transplante renal preemptivo, que é uma cirurgia menos invasiva e que o paciente não passa por hemodiálise. O adolescente de 17 anos, Davi Rodrigues, foi pioneiro no procedimento e pôde comemorar o início de uma vida nova.
De acordo com o hospital, desde o nascimento, o garoto passou por vários procedimentos médicos. A mãe, Claudina Rodrigues, conta que a luta começou ainda quando ele era um bebê. “Quando ele nasceu, foi feito um procedimento para desobstruir os ureteres e em seguida, com sete meses, ele precisou fazer uma urostomia (exteriorização dos condutos urinários), porque ele tinha refluxo. Mais tarde, aos nove anos, ele fez a reconstrução de um lado do rim e com 12 anos ele fez de outro lado”.
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As idas e vindas de hospitais eram frequentes de São Gabriel do Oeste a Capital, foi então que a família foi orientada a fazer o transplante.
Após tentar a compatibilidade de transplante com um rim do pai, o adolescente acabou conseguindo, de forma mais rápida, o órgão de um doador falecido. “Quando ele veio fazer a primeira consulta aqui na Santa Casa, tinha menos de 30 dias que ele estava na lista de transplante, foi quando conseguimos”, disse.
A operação foi um sucesso e o paciente pode seguir como qualquer garoto da sua idade. “O transplante foi tranquilo e a recuperação dele foi excelente. Desde o primeiro momento o rim começou a funcionar, de imediato”, afirmou a mãe de Davi. “Agora, voltamos para a Santa Casa para poder cuidar a infecção urinária que ele pegou e o tratamento vai durar alguns meses”.
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Segundo a enfermeira da Santa Casa que trabalha no atendimento aos transplantados, Karen Leguiça, a rapidez na fila de espera se deve ao fato da doença renal que acometeu Davi ter sido diagnosticada com antecedência e também do preenchimento dos critérios para a realização da cirurgia. “Desde a gestação, a mãe sempre fez acompanhamento médico. E ao encontrar a profissional que cuida dele, a doutora viu na situação clínica a forma de listar o menino em um período em que teria algumas prioridades, tudo com base na lei”, assegurou Karen.
São três os critérios que a enfermeira ressalta que precisam ser atendidos para a realização da transplantação. O primeiro é que o paciente tem que ter menos de 18 anos, o segundo é não ter entrado em diálise, ou seja, antes de haver a necessidade da pessoa passar pelo procedimento para filtrar o sangue. O terceiro é ter um clearance de creatinina menor ou igual a 15, que é um exame que calcula a porcentagem de funcionamento renal.
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“Então, qualquer rim que saísse com compatibilidade, seria doado para o Davi devido a essas características”, complementou a profissional de enfermagem. Se não tivesse esses critérios, o jovem teria que passar pelo processo mais comum, que é o de diálise, ou seja, a filtragem do sangue por hemodiálise, geralmente realizado três vezes por semana, em sessões de quatro horas.
Após o período de batalha, mãe e filho comemoraram e agradecem a equipe médica. “Eu falo para as pessoas não perderem a esperança, a gente se abala de vez em quando, mas eu sou igual uma Fênix. Mãe morre e renasce rapidamente”, complementa. “Eu quero agradecer a doutora Rafaela, a enfermeira Karen, a minha mãe e todo mundo que me ajudou. E também quero falar para quem passou ou está passando o mesmo que eu para sempre pensar positivo”, finaliza Davi.
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