Por: Redação Veja Folha | MS
O Exército apreendeu 85 quilos de maconha e produtos contrabandeados nos três primeiros dias da Operação Ágata Fronteira Oeste II, desencadeada segunda-feira (6). Os dados se referem à faixa da linha internacional onde atuam as tropas da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, com sede em Dourados.
Conforme balanço divulgado pela Brigada nesta quinta-feira (9), as apreensões representam pelo menos R$ 168 mil de prejuízo ao crime organizado. A área em que atuam os militares da 4ª Brigada vai da confluência do Rio Perdido com o Rio Apa, no município de Caracol, até o município de Mundo Novo.
A Brigada mobilizou 800 militares e 170 viaturas para reforçar a segurança na faixa que inclui Bela Vista, Ponta Porã, Aral Moreira, Sete Quedas, Paranhos e Coronel Sapucaia, regiões que concentram as principais bases do crime organizado na fronteira.
As ações ocorrem em conjunto com os órgãos de segurança pública e de fiscalização, entre os quais as polícias estaduais, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Polícia Federal.
A Operação Ágata Fronteira Oeste II foi deflagrada em decorrência do decreto 11.765, assinado em 1º de novembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou emprego de tropas das Forças Armadas, por um período de seis meses, na faixa de fronteira de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, para fortalecimento das ações de combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais.
Militar e policial em centro de monitoramento do Sisfron, usado durante operação (Foto: Divulgação)
O CMO (Comando Militar o Oeste) colocou na operação efetivos oriundos da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Cuiabá, que atua em Mato Grosso; da 18ª Brigada de Infantaria do Pantanal, com sede em Corumbá, e da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Brigada Guaicurus), de Dourados. No Paraná, as ações são feitas com tropas da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, sediada em Cascavel e subordinada ao Comando Militar do Sul.
Além dos 800 militares e 170 viaturas, a 4ª Brigada mobilizou equipamentos de alta tecnologia do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e cães farejadores, em ações como revista de pessoal e material, vigilância, patrulhamento e operação de postos de bloqueio e controle. A missão é prevenir e reprimir crimes transfronteiriços, principalmente tráfico de drogas e de armas.
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