43 mulheres foram mortas vítimas de feminicídio em MS, uma delas em São Gabriel do Oeste
22/ 12/22


Por: Redação Veja Folha com Midiamax| São Gabriel do Oeste
Ariane, Geni, Francielli, Claúdia e Rebeca, são algumas entre as 43 mulheres que foram mortas em Mato Grosso do Sul, vítimas de femicídio, em 2022. Crime que aumentou em 38,7% o número de vítimas em relação a 2021, quando foram registrados 31 casos no estado.
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Um dos casos que deixou uma cidade inteira comovida ocorreu em São Gabriel do Oeste. No dia 07 de setembro, Rebeca França, de 20 anos, foi esfaqueada pelo ex-namorado Rafael Rocha de Moraes, de 20 anos. O casal esteve junto por 6 anos entre idas e vindas e estava separado há um mês, porém, menos de dez dias antes do crime, os dois iniciaram uma discussão pelos filhos.
À polícia, Rafael contou que no dia do crime brigaram por WhatsApp e ela o chamou de ‘corno’ e o desafiava a ir até a casa onde estava. Foi então que ele foi ao local, e após a discussão desferiu golpes de faca na mulher.
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Após o crime, Rafael contou que fugiu, passou na casa da família e se escondeu em uma mata no sentido de Rio Negro. A família então entrou em contato com ele avisando que a vítima tinha morrido e que a polícia estava atrás dele, quando decidiu se entregar e apresentar a faca usada no crime, na presença de um advogado.
Nesta semana, o caso mais recente, foi o de Claudia Franciele Cabreira Pereira, de 28 anos. Ela foi encontrada morta no Jardim Colúmbia em Campo Grande com vestígios de esfaqueamento.
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Somente neste mês, a propósito, conforme os dados do SIGO Estatística (Sejusp) consultados nesta quinta-feira (22), 5 mortes de mulheres foram tipificadas como feminicídio, de um total de 43 registros ao longo de 2022. O número já supera todo o ano de 2021, quando foram registrados 31 casos do crime no Estado.
“Na maior parte dos casos, os assassinatos dessas mulheres são a facadas, e muitas facadas, geralmente nos rostos, seios, nádegas, além de cabelos cortados. O que só mostra a existência do patriarcado em todas as esferas. Mesmo com todas as divulgações e as prisões, estudos mostram que só daqui a 200 anos é que não precisaremos de tudo isso para reduzir ou acabar com o machismo”, lamenta Rosana, Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres.
A subsecretária informou que a preocupação é em ensinar as crianças e jovens e as escolas são os principais meios de auxílio para divulgar a informação e ensinar sobre o respeito do “não”. “Em algumas palestras, meninas jovens, adolescentes, nos procuram e relatam que sofrem violência dos namoradinhos. São vítimas e autores de 12, 13 anos. Depois que começa a namorar não deixa mais andar com as amigas, quer proibir de usar certas roupas. Já começa por aí”, contou.
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