Antídoto raro para tratar intoxicação por metanol será enviado para MS nesta sexta

09/10/2025 16:43
Frasco do antídoto Fomepizol. Foto: Guilherme Correia
Fomepizol
Por: Redação Veja Folha |  MS
Nesta sexta-feira (10), Mato Grosso do Sul receberá 20 unidades do antídoto Fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicação por metanol. Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento é considerado raro devido à baixa produção mundial.
O envio das ampolas foi anunciado na tarde desta quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa em Guarulhos (SP). O Ministério da Saúde recebeu um lote com 2,5 mil unidades do Fomepizol para serem distribuídas aos estados. Apenas 1 mil permanecerão no estoque estratégico do Ministério da Saúde.
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O antídoto foi adquirido por meio do Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em parceria com a subsidiária de uma empresa japonesa. De acordo com Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, o Fomepizol é a segunda opção disponibilizada pelo governo para o tratamento de intoxicações por metanol.
“Já temos no Brasil o etanol. Ele já está disponibilizado em todas as unidades da Federação e já há compras pelo Ministério da Saúde junto com a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Então, o etanol já está disponibilizado; o que estamos ofertando agora é uma segunda opção, o Fomepizol”, afirmou Mariângela.
A secretária explicou ainda que São Paulo será o primeiro estado a receber o medicamento, por concentrar o maior número de casos. Em seguida, as unidades serão enviadas para todos os estados, mesmo aqueles sem notificações, garantindo que etanol e Fomepizol estejam disponíveis em todo o país.
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O Ministério da Saúde também ampliou o protocolo de atendimento. Com a mudança, os antídotos poderão ser aplicados a partir de seis horas após a ingestão suspeita de metanol.
Durante a coletiva, o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Leandro Safatle, detalhou medidas preventivas adotadas para conter novos casos. “Estamos apoiando o MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) e a Associação Brasileira de Produtores de Bebidas em um curso de formação para mais de 5 mil vigilantes, policiais e agentes, capacitando-os para identificar garrafas e bebidas adulteradas no país”, explicou.
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