Jornalista é morta a facadas pelo ex-noivo em Campo Grande; crime ocorre horas após ela pedir medida protetiva

13/ 02/25
Vanessa Ricarte tinha 42 ano. É a segunda vítima de feminícidio em MS em 2025. Foto: Redes Sociais
Vanessa Ricarte
Por: Redação Veja Folha |  São Gabriel do Oeste
A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi vítima de feminicídio na quarta-feira (12), após ser esfaqueada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, na entrada da casa onde morava, no Bairro São Francisco, em Campo Grande.
O crime ocorreu horas depois de Vanessa ter registrado uma denúncia contra ele por violência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) e solicitado medida protetiva. A morte foi confirmada por amigos em um grupo de WhatsApp por volta das 23h55.
Vanessa foi atingida com três facadas na altura do coração e precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Ela foi levada para a Santa Casa de Campo Grande, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Caio Nascimento, autor do crime, foi preso em flagrante e não apresentou resistência. Ainda não há informações sobre o velório da vítima.
Segundo relatos, Vanessa havia ido à Deam na madrugada desta quarta-feira para denunciar o ex-noivo por violência. À tarde, ela retornou à sua casa, acompanhada por um amigo, para retirar seus pertences. Foi nesse momento que Caio a atacou, desferindo as facadas no tórax da jornalista.
Amigos da vítima relataram que, na manhã do mesmo dia, Caio teria postado em seus stories, em uma rede social, um link para um site de conteúdo adulto que supostamente teria relação com Vanessa. A publicação foi apagada pouco depois, mas não se sabe se esse foi o motivo que levou a jornalista a registrar a denúncia na Deam.
Um vizinho da vítima, um aposentado de 60 anos, presenciou parte da cena do crime. Ele contou que ouviu gritos por volta das 16h40 e, ao sair para ver o que acontecia, viu um homem batendo na porta da casa de Vanessa. “Ele veio com a faca pra cima de mim e eu corri pra minha casa e chamamos a polícia”, relatou o vizinho.
Vanessa Ricarte, que também era funcionária do Ministério Público do Trabalho (MPT), deixa familiares e amigos em luto. A polícia segue investigando as circunstâncias do crime.
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