Falta de medicamentos está frequente em várias cidades de MS, inclusive em São Gabriel do Oeste

22/ 04/22
Remédio
A falta de medicamentos de primeira utilidade como antibióticos e analgésicos está frequente tanto na rede pública quanto na privada. Seja amoxicilina, azitromicina ou dipirona injetável, o quadro é o mesmo: quase zeradas nas unidades de saúde e também nas farmácias.
Nesta semana o Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) alertou sobre a ausência de alguns remédios considerados essenciais, citando ibuprofeno, nimesulida, amoxicilina com clavulanato, losartana, dexametasona injetável e loratadina.
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Em São Gabriel do Oeste, por exemplo, a rede pública está com o estoque bem reduzido de amoxicilina com clavulanato e azitromicina. “Procuramos outros fornecedores, mas também não possuem. Já recebemos um comunicado do Conselho de Farmácia sobre o desabastecimento. Estamos fazendo o que está ao nosso alcance, mas os fornecedores não possuem”, comentou a secretária de saúde, Francine Basso.
Entre os motivos apontados para o desabastecimento estão licitações desertas, interrupção do fornecimento pela empresa licitada, que alegam falta de matéria-prima e também a guerra na Ucrânia. Esta última causa dificuldade nas importações e aumento no valor dos insumos usados na fabricação das medicações.
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Em Campo Grande, a situação não é diferente. Vários postos de saúde estão sem alguns medicamentos, o que tem levado famílias a andarem de unidade a unidade de saúde em busca de remédios.
Segundo o presidente do Cosems, Rogério Leite, que é secretário de saúde de Corumbá, a situação é complexa. “Além de ser um reflexo da pandemia de Covid-19, que exigiu altas demandas na indústria farmacêutica, muitos medicamentos estão com baixa produção pois há componentes que são importados e a importação do medicamento supera o valor máximo de venda, ou seja, o custo da produção supera o da arrecadação”, analisa.
Nacionalmente a situação também é crítica e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) encaminhou ofício ao Ministério da Saúde relatando o caso e nele, apontou a falta de três medicamentos específicos: dipirona injetável, ocitocina e neostigmina, isso em 23 Estados do Brasil.
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